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Algumas coisas que devemos saber sobre o crédito habitação

Comprar casa é o sonho de muitas pessoas, primeiro pela independência que traz mas também pelo facto de este gesto contribuir para a aquisição de património próprio.

Todos os dias ouvimos na rádio ou na televisão falar sobre a subida da taxa de juro e sobre como ela vai influenciar a vida dos portugueses, mas primeiro é importante ter em conta o que vai mudar, para aqueles que estão agora a planear comprar casa.

Se pensam comprar casa, existem muitas questões que devem ser analisadas primeiro, e que segundo os especialistas podem ter muita influência no processo de tomada de decisões.

Antes de comprar casa existe sempre um período de análise e pesquisa, contudo antes de tudo isso é fundamental que a pessoa (ou pessoas) envolvidas neste processo analisem a sua situação financeira e possíveis alterações da mesma a curto prazo. Também deve ser tido em conta a estabilidade dos rendimentos, bem como o vínculo com a entidade patronal. Se após esta análise se chegar a uma conclusão que existe uma vida financeira estável, então está na hora de encontrar alternativas juntos de bancos.

E, não foi à-toa que eu disse bancos no plural e não no singular. O banco que temos atualmente até pode ser ótimo para as nossas necessidades atuais, porém, devemos sempre procurar junto de outras instituições financeiras alternativas que nos podem ser mais favoráveis. Atualmente as entidades bancárias estão mais dispostas a renegociar e como tal as alternativas apresentadas podem ser variadas de acordo com aquilo que cada banco tem para apresentar.

Analisar o spread também é uma obrigação para quem pensa comprar casa. Quando falamos em spread falamos da margem de lucro da instituição bancária que nos fornece o crédito. Atualmente os spreads médios praticados andam abaixo dos 2%, e muitas vezes são também inferiores a 1.5%, contudo esta taxa varia segundo o valor do imóvel e o valor solicitado para o empréstimo.

Subscrever junto do banco outros serviços, como, por exemplo, seguros, pode contribuir em alguns casos para que o spread seja ainda mais baixo, o que a longo prazo pode contribuir para uma melhor situação de negociação do crédito, existem ainda outras modalidades que podem ajudar a que este e outros encargos sejam reduzidos, e neste caso o ideal é verificar com o banco as melhores opções.

Na hora de fazer o crédito além de todas as taxas existentes, é preciso não esquecer de analisar a TAN e a TAEG, e perceber o que cada uma implica. Desta forma é sempre bom lembrar que a TAN apenas dá a conhecer o custo dos juros, e que como tal é a variável que mais peso tem na hora de fazer um crédito (seja ele qual for). Contudo, recorrendo à TAEG será possível avaliar o custo real do empréstimo, uma vez que é ela que indica a taxa anual de encargos efetivos. De qualquer forma, e para meios de comparação, o ideal será recorrer à TAEG.

Desde 2018 que os bancos deixaram de financiar a totalidade do valor do imóvel proposto para a compra, desta forma, é importante saber que o valor de financiamento, não deve ultrapassar os 90% do valor da casa. Contudo, caso se tratem de imóveis do banco, existem algumas exceções que podem e devem ser analisadas.

Apesar da subida da Euribor, a verdade é que as taxas variáveis continuam a ser melhores que as taxas fixas. Contudo, cada caso é um caso, e se a pessoa não se sente estável com as oscilações que a taxa pode vir a ter, então o ideal será apostar numa taxa fixa.