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Qual a melhor opção: renegociar ou consolidar créditos?

Inflação galopante, salários a perderem poder de compra e taxas de juro em crescimento são fortes inimigos da saúde financeira de qualquer família.

Quando a tudo isto se juntam várias prestações de crédito por mês, está criado o ambiente perfeito para que a taxa de esforço (Encargos financeiros / Rendimento Líquido Total do Agregado x 100) ultrapasse os 50% e coloque o consumidor em risco de incumprimento.

Se este incumprimento se avizinha ou se acaba mesmo por acontecer, existem dois caminhos possíveis: renegociação da dívida ou consolidação dos créditos.

Renegociar ou Consolidar Créditos: qual a melhor opção?
Diferentes entre si, estas duas hipóteses apresentam cada uma delas uma série de vantagens que lhe vamos dar a conhecer a partir de agora, para que possa decidir qual melhor se adequa às suas necessidades.

Consolidação de créditos
Na prática, consolidar créditos corresponde a uma solução que lhe vai permitir pegar em todos os créditos que tem contraídos e juntá-los num só crédito com uma taxa e um prazo fixos e apenas uma prestação mensal (mais baixa) que deve pagar a uma só instituição financeira.

Um dos grandes objetivos desta solução passa por garantir que a sua taxa de esforço baixe para níveis saudáveis, isto é, que não ponham em risco o cumprimento das suas obrigações financeiras e lhe permitam viver de forma mais desafogada.

Contudo, para que possa fazer usufruto de uma solução de consolidação de créditos, terá que cumprir algumas condições, entre as quais se contam a ausência de prestações em atraso, ter menos de 75 anos e ter um fiador ou dar uma garantia à instituição onde pretende consolidar créditos.

Cumpridos os requisitos (variam de instituição para instituição de crédito), a contratação é muito simples, senão vejamos o caso do casal Ana e Filipe.

Exemplo prático
Afogados em encargos financeiros com o pagamento de prestações mensais de crédito na ordem dos 1500 euros para um total de créditos no valor de 50 mil euros, o casal Ana e Filipe decide que é altura de parar e procurar uma solução que os ajude a ter mais dinheiro disponível no final do mês, já que o seu rendimento líquido total mensal é de 2600 euros.

Se fizermos o cálculo da taxa de esforço deste casal, percebemos que:
1500/2600 x 100 = 57,6%

Isto é, a taxa de esforço da Ana e do Filipe está bem acima do recomendado pelo Banco de Portugal.
De forma a resolver este problema, o casal aposta na procura de um crédito consolidado via online.

Depois de uma simples pesquisa, a Ana e o Filipe decidem dar uma hipótese à solução de crédito do UNIBANCO, marca da UNICRE – Instituição Financeira de Crédito.

Logo após terem entrado na página de crédito consolidado do UNIBANCO deparam-se com um simulador que lhes vai permitir calcular o valor da prestação única e a taxa fixa, que vão ficar a pagar e que podem variar entre os 5 mil e os 75 mil euros para prazos de pagamento de 24 a 84 meses.

Apesar de terem uma divida total de 50 mil euros, o casal decide pedir 55 mil euros, uma vez que precisam, com urgência, de comprarem uma série de móveis para o quarto do bebé que está a caminho, valor que pretendem pagar a 84 meses.

De acordo com estas especificações, o simulador diz-lhes que, para o valor e prazo indicados, irão ficar a pagar uma mensalidade de 952,99 euros.

Voltemos à taxa de esforço. Com esta mensalidade, o casal verá a sua taxa de esforço que, relembramos, estava nos 57,5%, baixar para os 36,6%.
Assim, para além de verem baixar a sua taxa de esforço para uma percentagem “saudável”, o casal Ana e Filipe vão ficar com uma única mensalidade a prazos e taxas fixas perante uma única instituição e ainda com 5 mil euros extra para gastarem como bem lhes apetecer.
Para finalizar a contratação, o casal só terá que clicar na barra “Peça Já” abaixo do simulador e aguardar pela aprovação.
A simulação apresentada diz respeito a um financiamento de €55.000 a pagar em 84 mensalidades de €952,99. TAN 10,950% e TAEG 13,0%. MTIC €81.503,44.

Renegociar créditos
Quando a situação financeira é mais severa e já viu um crédito consolidado ser-lhe rejeitado, a solução passará pela renegociação de créditos com as instituições bancárias onde tem os créditos.

Esta renegociação não é simples, mas o Banco de Portugal dá uma ajuda através dos seus mecanismos PARI e PERSI:

– PARI (Plano de Ação para o Risco de Incumprimento): como o nome indica, este mecanismo ajuda a prevenir o risco de incumprimento através de procedimentos tão variados como o alargamento de prazos, a redução de taxas de juro ou períodos de carência.
– PERSI (Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento): este mecanismo surge como forma de evitar que uma situação de incumprimento tenha de ser resolvida por vias judiciais, uma vez que oferece a cliente e instituição bancária uma agilidade maior durante o processo de renegociação do crédito.

Segundo o Banco de Portugal, o despoletar de um PERSI está a cargo da instituição credora, e não do cliente, que será obrigada a fazê-lo assim que:

– O cliente o solicite;
– Entre o 31º e o 60º dia após o cliente entrar em situação de incumprimento;
– Quando o cliente se atrasar no pagamento das prestações, e caso já tenha alertado o banco para o risco de incumprimento.